O texto em questão apresenta uma série de versículos proféticos que foram transmitidos por meio da palavra do Senhor a um mensageiro, o “filho do homem”. Nesse pronunciamento divino, são anunciadas duras consequências para a terra de Israel, que está prestes a enfrentar o seu fim.
A ira de Deus será derramada sobre o povo, e todas as suas abominações e caminhos perversos serão punidos. O tom do texto é sombrio e carrega uma mensagem de destruição iminente.
Ezequiel 7 – Versículos
Versículo 1. Demais veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
Versículo 2. E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus à terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.
Versículo 3. Agora vem o fim sobre ti, e enviarei sobre ti a minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos; e trarei sobre ti todas as tuas abominações.
Versículo 4. E não te pouparei, nem terei piedade de ti; mas eu te punirei por todos os teus caminhos, enquanto as tuas abominações estiverem no meio de ti; e sabereis que eu sou o Senhor.
Versículo 5. Assim diz o Senhor Deus: Mal sobre mal! Eis que vem!
Versículo 6. Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis que vem.
Versículo 7. Vem a tua ruína, ó habitante da terra! Vem o tempo; está perto o dia, o dia de tumulto, e não de gritos alegres, sobre os montes.
Versículo 8. Agora depressa derramarei o meu furor sobre ti, e cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei conforme os teus caminhos; e te punirei por todas as tuas abominações.
Versículo 9. E não te pouparei, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim te punirei, enquanto as tuas abominações estiverem no meio de ti; e sabereis que eu, o Senhor, castigo.
Versículo 10. Eis o dia! Eis que vem! Veio a tua ruína; já floresceu a vara, já brotou a soberba.
Versículo 11. A violência se levantou em vara de iniquidade; nada restará deles, nem da sua multidão, nem dos seus bens. Não haverá eminência entre eles.
Versículo 12. Vem o tempo, é chegado o dia; não se alegre o comprador, e não se entristeça o vendedor; pois a ira está sobre toda a multidão deles.
Versículo 13. Na verdade o vendedor não tornará a possuir o que vendeu, ainda que esteja por longo tempo entre os viventes; pois a visão, no tocante a toda a multidão deles, não voltará atrás; e ninguém prosperará na vida, pela sua iniquidade.
Versículo 14. Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam, mas não há quem vá à batalha; pois sobre toda a multidão deles está a minha ira.
Versículo 15. Fora está a espada, e dentro a peste e a fome; o que estiver no campo morrerá à espada; e o que estiver na cidade, devorá-lo-á a fome e a peste.
Versículo 16. E se escaparem alguns sobreviventes, estarão sobre os montes, como pombas dos vales, todos gemendo, cada um por causa da sua iniquidade.
Versículo 17. Todas as mãos se enfraquecerão, e todos os joelhos se tornarão fracos como água.
Versículo 18. E se cingirão de sacos, e o terror os cobrirá; e sobre todos os rostos haverá vergonha e sobre todas as suas cabeças calva.
Versículo 19. A sua prata, lançá-la-ão pelas ruas, e o seu ouro será como imundícia; nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor; esses metais não lhes poderão saciar a fome, nem lhes encher o estômago; pois serviram de tropeço da sua iniquidade.
Versículo 20. Converteram em soberba a formosura dos seus adornos, e deles fizeram as imagens das suas abominações, e as suas coisas detestáveis; por isso eu a fiz para eles como uma coisa imunda.
Versículo 21. E entregá-la-ei nas mãos dos estrangeiros por presa, e aos ímpios da terra por despojo; e a profanarão.
Versículo 22. E desviarei deles o meu rosto, e profanarão o meu lugar oculto; porque entrarão nele saqueadores, e o profanarão.
Versículo 23. Faze uma cadeia, porque a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência.
Versículo 24. Pelo que trarei dentre as nações os piores, que possuirão as suas casas; e farei cessar a soberba dos poderosos; e os seus lugares santos serão profanados.
Versículo 25. Quando vier a angústia eles buscarão a paz, mas não haverá paz.
Versículo 26. Miséria sobre miséria virá, e se levantará rumor sobre rumor; e buscarão do profeta uma visão; mas do sacerdote perecerá a lei, e dos anciãos o conselho.
Versículo 27. O rei pranteará, e o príncipe se vestirá de desolação, e as mãos do povo da terra tremerão de medo. Conforme o seu caminho lhes farei, e conforme os seus merecimentos os julgarei; e saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel 7 – Comentários, estudo e explicação
O texto consiste em uma profecia de julgamento e punição divina sobre a terra de Israel. A repetição do termo “o fim vem” ao longo dos versículos reforça a ideia de um desfecho iminente e inevitável. Deus expressa sua ira diante das abominações cometidas pelo povo, afirmando que não haverá piedade nem poupança. A punição é descrita como uma sucessão de desgraças, incluindo ruína, tumulto, peste, fome e morte.
A profecia também menciona a destruição dos símbolos de riqueza e poder, como a prata e o ouro, que serão inúteis diante da fome e do juízo divino. A arrogância do povo e a adoração de ídolos são destacadas como razões para a sua condenação. A profecia alerta para a vinda de saqueadores e estrangeiros que profanarão o lugar sagrado e trarão ainda mais desolação.
O texto é uma advertência sobre as consequências inevitáveis da desobediência e da corrupção moral. Revela a justiça e a punição divina diante do pecado, ressaltando a importância do arrependimento e da busca por paz antes que seja tarde demais. É um chamado à reflexão sobre os caminhos adotados e a necessidade de uma mudança de comportamento para evitar a ira divina.
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