Neste texto do livro de Ezequiel, somos apresentados a uma visão impressionante e perturbadora. O profeta relata um momento em que recebeu a ordem divina de convocar os intendentes da cidade, cada um com suas armas destruidoras em mãos. Essa convocação é seguida pela chegada de seis homens, portando armas de matança, juntamente com um homem vestido de linho, que trazia um tinteiro de escrivão à sua cintura.
Essa visão é marcada por uma atmosfera de julgamento e punição divina, onde a glória de Deus se levanta e clama ao homem vestido de linho para marcar com um sinal na testa daqueles que suspiram e gemem devido às abominações cometidas na cidade. O texto continua descrevendo a ordem de ferir e matar indiscriminadamente, exceto aqueles que possuíam o sinal. Ezequiel, profundamente impactado com essa revelação, prostra-se em clamor ao Senhor, questionando a extensão do juízo que recairia sobre o restante de Israel e Jerusalém.
Essa visão, repleta de símbolos e imagens fortes, traz à tona a seriedade dos pecados e abominações cometidos pelo povo, bem como a justiça divina que não hesita em punir o mal. O texto nos convida a refletir sobre a importância da fidelidade e arrependimento diante de um Deus santo e justo, alertando-nos sobre as consequências inevitáveis da desobediência e da corrupção. É um chamado para que busquemos a retidão e a pureza de coração, reconhecendo a magnitude do pecado e a necessidade de nos colocarmos diante do Senhor em humildade e contrição.
Ezequiel 9 – Versículos

Versículo 1. Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Chegai, vós, os intendentes da cidade, cada um com as suas armas destruidoras na mão.
Versículo 2. E eis que vinham seis homens do caminho da porta superior, que olha para o norte, e cada um com a sua arma de matança na mão; e entre eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cintura. E entraram, e se puseram junto ao altar de bronze.
Versículo 3. E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, e passou para a entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura.
Versículo 4. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Versículo 5. E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.
Versículo 6. Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres, até exterminá-los; mas não vos chegueis a qualquer sobre quem estiver o sinal; e começai pelo meu santuário. Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa.
Versículo 7. E disse-lhes: Profanai a casa, e enchei os átrios de mortos; saí. E saíram, e feriram na cidade.
Versículo 8. Sucedeu pois que, enquanto eles estavam ferindo, e ficando eu sozinho, caí com o rosto em terra, e clamei, e disse: Ah Senhor Deus! Destruirás todo o restante de Israel, derramando a tua indignação sobre Jerusalém?
Versículo 9. Então me disse: A culpa da casa de Israel e de Judá é grandíssima, a terra está cheia de sangue, e a cidade cheia de injustiça; pois eles dizem: O Senhor abandonou a terra; o Senhor não vê.
Versículo 10. Também, quanto a mim, não pouparei nem me compadecerei; sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho.
Versículo 11. E eis que o homem que estava vestido de linho, a cuja cintura estava o tinteiro, tornou com a resposta, dizendo: Fiz como me ordenaste.
Ezequiel 9 – Estudo e Explicação
O texto sagrado do livro de Ezequiel descreve uma visão profética impactante na qual o profeta presencia a convocação de agentes destruidores e a subsequente punição divina sobre a cidade de Jerusalém. A visão é repleta de simbolismo e imagens violentas, representando o julgamento divino sobre o povo de Israel por causa de suas abominações.
No início do texto, Ezequiel é instruído a convocar os intendentes da cidade, que são representados como portadores de armas destruidoras. Em seguida, a visão revela a chegada de seis homens com armas de matança, juntamente com um homem vestido de linho, portando um tinteiro de escrivão. Essa figura vestida de linho representa um agente divino encarregado de marcar um sinal nas testas daqueles que suspiram e gemem por causa das abominações cometidas na cidade.
A ordem subsequente é de ferir e matar indiscriminadamente, exceto aqueles que possuem o sinal na testa. Essa narrativa chocante pode ser interpretada como uma representação do juízo divino e a punição sobre a cidade e seu povo devido às suas práticas corruptas e injustas. Ezequiel, ao presenciar essa visão, clama ao Senhor, expressando preocupação com a destruição iminente que recairia sobre o restante de Israel.
Esse texto serve como um lembrete poderoso da seriedade dos pecados e da necessidade de justiça divina. Mostra também a importância do arrependimento e da busca pela retidão diante de um Deus santo. A visão de Ezequiel destaca a magnitude do pecado e a inevitabilidade das consequências quando o povo se afasta dos caminhos de Deus. É um chamado à reflexão sobre nossa própria conduta e um convite a buscar a reconciliação com o Criador, reconhecendo a importância da fidelidade e da obediência aos seus mandamentos.
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