O livro de Ezequiel, na Bíblia, é conhecido por suas visões e descrições vívidas. No capítulo 10, encontramos uma narrativa intrigante que revela a presença dos querubins e a manifestação da glória do Senhor. O autor, Ezequiel, relata suas visões de um firmamento brilhante e uma como pedra de safira sobre os querubins. Através de detalhes impressionantes, ele descreve a presença de uma nuvem e o resplendor da glória divina que preenche o templo. A cena é acompanhada pelo som das asas dos querubins, comparado à voz do Deus Todo-Poderoso.
Ezequiel também descreve as rodas giradoras que estavam ao lado dos querubins, cujo aspecto era semelhante ao brilho de pedra de crisólita. As rodas seguiam os movimentos dos seres viventes, indo em qualquer direção sem se virar. Cada querubim tinha quatro rostos – de querubim, homem, leão e águia – e suas asas se elevavam. A visão revela a poderosa presença divina e a interação dos querubins com as rodas. Este fascinante relato nos transporta para um cenário celestial e nos convida a refletir sobre a grandiosidade e a majestade do Senhor.
Ezequiel 10 – Versículos
Versículo 1. Depois olhei, e eis que no firmamento que estava por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante em forma a um trono.
Versículo 2. E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas giradoras, até debaixo do querubim, enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins, e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.
Versículo 3. E os querubins estavam de pé ao lado direito da casa, quando entrou o homem; e uma nuvem encheu o átrio interior.
Versículo 4. Então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim, e passou para a entrada da casa; e encheu-se a casa duma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor.
Versículo 5. E o ruído das asas dos querubins se ouvia até o átrio exterior, como a voz do Deus Todo-Poderoso, quando fala.
Versículo 6. Sucedeu pois que, dando ele ordem ao homem vestido de linho, dizendo: Toma fogo dentre as rodas, dentre os querubins, entrou ele, e pôs-se junto a uma roda.
Versículo 7. Então estendeu um querubim a sua mão de entre os querubins para o fogo que estava entre os querubins; e tomou dele e o pôs nas mãos do que estava vestido de linho, o qual o tomou, e saiu.
Versículo 8. E apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem debaixo das suas asas.
Versículo 9. Então olhei, e eis quatro rodas junto aos querubins, uma roda junto a um querubim, e outra roda junto a outro querubim; e o aspecto das rodas era como o brilho de pedra de crisólita.
Versículo 10. E, quanto ao seu aspecto, as quatro tinham a mesma semelhança, como se estivesse uma roda no meio doutra roda.
Versículo 11. Andando elas, iam em qualquer das quatro direções sem se virarem quando andavam, mas para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse andavam; não se viravam quando andavam.
Versículo 12. E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, as suas asas, e as rodas que os quatro tinham, estavam cheias de olhos em redor.
Versículo 13. E, quanto às rodas, elas foram chamadas rodas giradoras, ouvindo-o eu.
Versículo 14. E cada um tinha quatro rostos: o primeiro rosto era rosto de querubim, o segundo era rosto de homem, o terceiro era rosto de leão, e o quarto era rosto de águia.
Versículo 15. E os querubins se elevaram ao alto. Eles são os mesmos seres viventes que vi junto ao rio Quebar.
Versículo 16. E quando os querubins andavam, andavam as rodas ao lado deles; e quando os querubins levantavam as suas asas, para se elevarem da terra, também as rodas não se separavam do lado deles.
Versículo 17. Quando aqueles paravam, paravam estas; e quando aqueles se elevavam, estas se elevavam com eles; pois o espírito do ser vivente estava nelas.
Versículo 18. Então saiu a glória do Senhor de sobre a entrada da casa, e parou sobre os querubins.
Versículo 19. E os querubins alçaram as suas asas, e se elevaram da terra à minha vista, quando saíram, acompanhados pelas rodas ao lado deles; e pararam à entrada da porta oriental da casa do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles.
Versículo 20. São estes os seres viventes que vi debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar; e percebi que eram querubins.
Versículo 21. Cada um tinha quatro rostos e cada um quatro asas; e debaixo das suas asas havia a semelhança de mãos de homem.
Versículo 22. E a semelhança dos seus rostos era a dos rostos que eu tinha visto junto ao rio Quebar; tinham a mesma aparência, eram eles mesmos; cada um andava em linha reta para a frente.
Ezequiel 10 – Explicação, comentários e estudo
O texto em questão é uma passagem do livro de Ezequiel, um profeta do Antigo Testamento. Neste trecho específico, Ezequiel relata uma visão que teve, onde testemunha a presença dos querubins e a manifestação da glória divina no templo.
A visão de Ezequiel é repleta de simbolismos e imagens poderosas. Ele descreve o firmamento brilhante sobre os querubins, comparando-o a uma pedra de safira e a um trono. Essa representação visual sugere a ideia de um ambiente celestial, onde a presença de Deus se manifesta de maneira imponente.
A presença dos querubins, seres angelicais mencionados em diversas passagens bíblicas, é associada à proteção e à proximidade com o divino. Ezequiel descreve suas asas, seu som e até mesmo a aparência de mãos de homem debaixo delas. Esses elementos visuais criam uma atmosfera de mistério e reverência em torno da presença divina.
As rodas giradoras mencionadas na visão são outro aspecto intrigante. Elas seguem os movimentos dos querubins e não se viram quando andam, sugerindo uma sincronia perfeita. Essas rodas, juntamente com os querubins, são cheias de olhos, o que pode representar a onisciência e a vigilância constante de Deus sobre sua criação.
Ao longo dessa visão, Ezequiel se maravilha com a glória do Senhor e sua manifestação no templo. A descrição da nuvem, do resplendor divino e do som das asas dos querubins transmitindo a voz de Deus enfatiza a grandiosidade e a majestade divina.
Essa passagem, como muitas outras no livro de Ezequiel, oferece uma visão simbólica e poética da relação entre Deus e a humanidade. Ela nos convida a contemplar a presença divina em nossas vidas e a refletir sobre a transcendência de Deus além das limitações humanas. É uma oportunidade para desenvolver uma reverência e um senso de maravilha diante do sagrado.
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